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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Lua de mel: 2º dia

Depois de uma boa noite, acordamos descansados e descemos para tomar o primeiro café no hotel.
Ficamos admirados com a variedade de coisas que havia para comer, não era um café colonial mas estava de muito bom tamanho. Diversos tipos de pães, sucos, iogurtes, frutas, bolos, frios...

Havíamos decidido que iriamos ao parque do pinheiro grosso, que havia sido indicado pelo meu pai e como vimos no Google Maps ficava próximo do hotel. Depois do café pegamos duas bicicletas que o hotel disponibilizava gratuitamente, pegamos a estrada RS-466 sentido Parque do Pinheiro Grosso. Depois de uns 5 minutos de pedalada nos deparamos com um parque temático muito bonito e grande, com uma faixada que realmente chamava a atenção. Florybal, esse erá o nome do parque que ficava bem próximo ao parque do pinheiro grosso localizado do outro lado da rodovia uns 100 mts adiante. Paramos e ficamos tentados a entrar, nos informamos sobre  preço mas decidimos visitar o parque do pinheiro grosso primeiro.


Ao chegar na portaria encontramos com um funcionário bastante engraçado e gente boa, nos fez um preço mais camarada, disse que o parque estava vazio e que não tinha problema de pagarmos meia entrada. Deixamos as bicicletas escondidas no meio do mato como se não bastasse estar dentro do parque, coisa tipica de paulistano. Visitamos o famoso pinheiro grosso, uma gigantesca arvore de quase 700 anos, 42 metros de altura e 7,5 metros de circunferência. Fizemos ainda uma trilha que tem dentro do parque, depois de muita insistência porque a Carol estava relutante com medo de aranhas. A trilha era pequena, de uns 15 minutos, mas foi suficiente para atravessarmos um pequeno rio, ouvirmos os sons dos pássaros e ver uns macaquinhos. Pegamos as bikes no mato e voltamos a entrada, lá tem um museu com fotos antigas da cidade. Foi um passeio gostoso, mas era só o começo do nosso agitado dia.
Fomos ao parque do Florybal, encostamos as bikes no estacionamento, morrendo de medo de chegar alguém e as leva-las. Pagamos 15 reais cada para adentrarmos no parque, a entrada parece uma gruta cheia de pedras preciosas e uma cascata de chocolate. Ganhamos um copinho de chocolate, poderíamos escolher entre meio amargo, a leite e branco. Pegamos um meio amargo e um ao leite, estava muito bom. Depois de sairmos da gruta nos deparamos com um grande prédio, e um caminho com esculturas de pessoas colhendo cacau, decidimos ir pelo caminho, tiramos algumas fotos, nos deparamos com um Gorila numa caverna, foi só a Carol se aproximar que ele rugiu e se mexeu para nosso espanto. Percebemos que nosso passeio por ali seria assim, cheio de sustos. Estávamos na aldeia animal, um lugar cheio de esculturas de animais, saímos do roteiro normal e fomos parar na aldeia de índios. Havia um carro conhecido como Dino Móvel, ele fazia um pequeno percurso pelo parque, decidimos entrar e fazer o passeio. No meio do caminho vimos uma duzia de dinossauros, tentamos bater algumas fotos que não ficaram tão boas por conta da movimentação. Um bondoso senhor nos deu um mapa e só então percebemos que estávamos fora da rota. Depois do passeio de Dino Móvel decidimos voltar ao roteiro do parque. Fomos até o "Guardião da Floresta" como estava descrito no mapa. Nos deparamos com um Índio imenso de uns 10 metros de altura mais ou menos. Ele tinha um acesso que permitia a pessoa chegar na mão. Batemos algumas fotos e continuamos o passeio.

Levamos um baita susto com uma onça que saiu do nada do meio do mato. Depois de umas gargalhadas resolvemos filmar, chegamos em um toca onde havia uma família de Leões, eles não fizeram nada, pelo menos não como esperávamos, estávamos bem próximos e quando pensamos que eles não fariam nada o Leão deu um baita rugido e se mexeu, mesmo esperando uma reação tomamos um susto que ficou registrado na filmagem.


Havia um espaço com imagens de santos conhecida como Espaço da fé, pulamos esta parte e chegamos na mina preciosa. A mina preciosa é muito bonita, com várias pedras por dentro coladas na parede. Mais a frente estava o espaço dos homens de pedra, batemos fotos com os homens das cavernas e seguimos. Lá estava o Território dos Dinossauros, mais de 40 esculturas entre elas algumas com movimento. SENSACIONAL! Nos sentimos no Jurrasic Park! Compramos duas entradas para o Cinema 7D. O cinema era incrível, acompanhamos a história de um pequeno dinossauro que se perdeu na floresta e junto com ele tomamos esguichada de água e sentimos a neve cair do céu, muitos sustos acompanharam essa diversão.

Entramos na lanchonete que bem no meio da praça de alimentação tinha um dinossauro comendo um lanche incomum. Havia um Voo do Pterodáctilo que decidimos não fazer, era um teleférico em forma de Pterodáctilo que fazia um percurso bem mixuruca. Voltamos aquele prédio do inicio, ele tinha um formato de Castelo e dentro dele tinha um restaurante, uma loja de lembrancinhas e chocolates e um espaço com video-games, um barco viking para crianças, fliperamas, maquina de testar a força do soco e a de fazer cestas. Brincamos bastante na de cestas, testamos nossa força e a Carol me fez ir no Viking de criança que para minha surpresa não só ia pra frente e pra trás mas girava horizontalmente. Nosso passeio no Florybal estava se encerrando, e já havia passado do meio dia. Tínhamos nos programado para ir ao Castelinho, um ponto turístico obrigatório. Para nosso alivio as bicicletas estavam exatamente como deixamos.

Pedalamos mais uns três kms de estrada e lá estávamos de frente ao castelinho. A faixada é linda e empolgados deixamos as bicicletas debaixo de uma arvore e nos dirigimos a entrada. Ao chegar na porta de entrada fomos informados que a entrada custava 10 reais, tínhamos somente 20 reais nos bolsos e para nossa tristeza não aceitava cartão. Com apenas 20 reais não poderíamos comer o famoso apfelstrudel e tomar o tradicional chá de maçã. Decidimos ir no parque que fica ao lado do Castelinho, era um tal de Mundo Gelado, a entrada custava 25 reais só que aceitava cartão. Compramos dois ingressos, entramos em uma sala onde recebemos uma roupa especial para nos proteger do frio, soubemos que dentro do parque fazia um frio de -10 graus. Assistimos um vídeo de apresentação que contava a história do FLOC, uma mistura de esquilo, castor e urso polar que ama esculpir no gelo e veio do polo sul. Entramos e nos deparamos com as diversas esculturas do FLOC, lá dentro já existem estalagmites e estalactites de verdade.

Batemos diversas fotos com as esculturas e passamos um frio insuportável. O passeio durou aproximadamente 15 minutos, mas foram 15 minutos de muito bom tamanho. Depois desse passeio único  voltamos ao castelinho com os únicos 20 reais que nos sobravam, compramos duas entradas e descobrimos que esta valia por uma semana. Visitamos os cômodos do casarão todo feito de madeira e sem pregos, apenas de encaixe. Vimos variados tipos de móveis, roupas, utensílios e brinquedos antigos. Ficamos admirado com o rosto da boneca que parecia ter saído de um filme de terror. Vimos um cartaz que comprovava que aquele ambiente já havia sido palco de um filme de terror. "As Filhas do Fogo", de Walter Hugo Khouri, um filme de terror e erotismo que só de olhar para o cartaz já me dava uma sensação incomoda.



O tempo começou a virar, o cheiro do apfelstrudel estava uma delicia mas ficamos de voltar outro dia para apreciar essa delicia culinária. Pegamos nossas bicicletas debaixo da arvore e partimos rumo ao hotel. Já era quase 17:00 e o café da tarde ainda estava sendo servido, mas foi só dar umas pedaladas e a chuva começou a cair. Corremos contra o tempo e contras as gotas que mais pareciam um limões ao bater em nossos rostos. Paramos um pouco no parque Florybal para ver se a chuva diminuía, foi só dar uma estiada que continuamos nosso percurso. Quando estávamos a poucos metros do hotel, uma chuva torrencial nos pegou, raios e trovões fizeram com que pedalássemos mais depressa ansiosos de chegar no hall quentinho e aconchegador do hotel. Assim que chegamos um estrondo aconteceu. Um clarão que eu nunca havia visto na vida e um barulho de doer os tímpanos. Olhei para cima e botei o braço sobre o rosto na tentativa de me proteger dos estilhaços de vidro da janela do hall que eu imaginei ter quebrado - por sorte não quebrou. A Carol deu um berro desesperado e as luzes se apagaram. Um raio havia caído no pinheiro do quintal do hotel. O estrago foi tão grande que ficamos sem internet e telefone por mais de dois dias. Pedaços do pinheiro foram arremessado por cima do hotel e caíram na rua do outro lado. O quintal ficou repleto de cinzas e o pinheiro ficou descascado em dois lados.

Olha a Carol com um pedaço da casca do pinheiro.


Depois do susto restou tomar nosso chá e uma banho de banheira para relaxar. A noitinha a chuva já tinha passado e estávamos famintos, afinal havíamos andado o dia todo de bike. Fomos a um rodizio de pizza no Piazza Pizzaria que tinha mais de 100 sabores diferentes a nossa disposição, comi pizza de tudo quanto é sabor, incluindo pizza de lula que a Carol fez questão de pedir ao garçom. Fizemos o gostoso passeio de noite até o hotel, felizes com o dia agitado e cheio de aventuras que tivemos.

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